De que adianta
saber que as águas de março diluvia o verão do ano;
pois, se ainda semeia a água, cair em meu terreno fértil?
Devo manter-me olhar aos céus como rebeldia?
Enfrento a natureza para a minha sobrevivência?
Mataria?
Eu ou outro?
…
Saber que não vira a primavera —
Que a flor do meu ipê
não terá a chance sequer
Posar aos insetos!
O setembro florido da primavera não existirá!
Apenas aquele amarelo —
…
Fito meus olhos, e os seus, constantemente
Ó como falam!
As olheiras, da tenebris, escondendo o brilho no olhar de alguém que viveu!
A vontade escancarada
Quer viver dignamente ou é cansaço de existir?
E no fim
Sabe que o ipê morreu afogado
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Autor:
.Ykaro (
Offline)
- Publicado: 23 de maio de 2025 14:12
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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