Ao sentar- me perto do rio ao por do sol , refletindo sobre mim,
Onde o passado e o tempo já não pesam,
vejo os nós que te desataram...
Cada um, uma corrente que se desfaz.
Fizeste mapas, dobrou várias lacunas, rasgou algumas de suas partituras,
saiu do labirinto que um dia habitou.
Por que então, nesta altura tão serena que se encontra,
a paz ainda é um lago que você corre no escuro e que ainda não encontrou?
Talvez a paz não seja porto,
nem o fim dos planos refeitos,
mas este exato instante que respira...
Entre o que sonhou e o que deixou ser.
Não te enganas, caminhante...
A paz que buscas não fugiu,
mas ela se esconde no pulso
que ainda bate depois do último nó.
O que falta é apenas olhar
o que não procura mais,
Mas reconhecer que a liberdade
já era a paz disfarçada de vento.
O que falta tanto ainda encontrar?
-
Autor:
Anna Gonçalves (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 22 de maio de 2025 00:03
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: MAYK52, Melancolia...
Comentários1
Nada mais melhor para o nosso bem estar interior, do que a paz.
Gostei bastante, estimada Anna.
Abraço.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.