Me sinto acorrentada,
presa dentro da minha própria casa,
refém dos meus pensamentos.
Dia após dia, com todo esse tormento,
eles me cercam, e eu não vejo saída.
Estranha mania de ter fé na vida,
fé em algo impalpável,
como se crer fosse te livrar de algo,
como se acreditar fizesse da vida melhor.
O espelho não mente,
só repete o silêncio.
Há gritos meus, calados no vazio do tempo.
E no fim, quem nos livra de nós mesmos?
Somos todos prisioneiros desse eterno cárcere,
presos entre a escuridão e o medo.
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Autor:
Maria Ingrid (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 14 de maio de 2025 08:55
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 14
Comentários1
Quando o nosso pensamento insiste, nas nuvens negras da vida, continuaremos a ser prisioneiros de nós próprios.
Encarcerados, apenas e só, no que de cinzento nos invade.
Temos que abrir as janelas da alma, para o sol poder entrar...
Abraço, cara Maria.
Quando os pensamentos nos cercam de um jeito quase incontrolável, como se não houvesse saída, as vezes, abrir as janelas da alma parece impossível, mas escrever é o meu jeito de tentar destrancar uma fresta, deixar um raio de sol entrar, nem que seja pequeno.
Obrigada pelo carinho e pela leitura tão atenta.
Um abraço com afeto,
Maria
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