Me sinto acorrentada,
presa dentro da minha própria casa,
refém dos meus pensamentos.
Dia após dia, com todo esse tormento,
eles me cercam, e eu não vejo saída.
Estranha mania de ter fé na vida,
fé em algo impalpável,
como se crer fosse te livrar de algo,
como se acreditar fizesse da vida melhor.
O espelho não mente,
só repete o silêncio.
Há gritos meus, calados no vazio do tempo.
E no fim, quem nos livra de nós mesmos?
Somos todos prisioneiros desse eterno cárcere,
presos entre a escuridão e o medo.