NO
Invisíveis
Entre um carro e outro,
De um farol a outro,
Existe uma história,
Um situação vexatória,
Debaixo do viaduto,
Na barraca improvisada,
Sem dinheiro sem nada!
Andam com atropelo,
Em completo esfacelo,
Cultivam fantasias
irreais de amores sublimes
E sem medo do crime,
fartos e eternos,
Sabidamente apressados,
Esses desassossegados,
Amam muito mais do que desejam,
E recebem menos do que planejam,
Sem orgulho e perseverança.
Sem fé com desesperança.
O medo faz parte da sobrevivência,
E toda essa carência,
A culpa não é minha,
A culpa não é sua,
Não nasci para isso!
Não vivi para isso!
Medo de ficar doente?!
Onde estão meus descendentes?!
Medo de perder a mãe!
Só Aqueles que as tem!
Como pensar em corona
essa nova doença,
Se para outra não tem diferença!
Caminhar com ajuda do bastão,
Cadê a outra mão?!
Isolar para onde, ficar em casa aonde, fugir pra onde?.
Só preciso de um prato de comida!
Amanhã é outro dia!
Senhor seja guardião dessas pessoas!
Missias:.
- Autor: Ademir Missias (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de agosto de 2020 23:13
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 20
Comentários2
Boa noite poeta.
Como sempre poema de nota 10!!!
1ab
Boa tarde, poeta.
Reflexivos versos... infelizmente não só os amores e flores inspiram os poetas. Mas a poesia acompanha o sentimento e vice versa. Muito bom!
Um abraço.
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