Vi nela um quê de poesia,
daquelas que a gente lê e suspira,
mas não entende direito o porquê —
só sente, e admira.
Trocamos poucas palavras,
mas bastou para o encanto acender.
Ela, tão serena e alheia,
e eu, sem saber o que dizer.
Não foi amor, nem começo de nada,
só um desejo calado e gentil.
Um pensamento bonito, passageiro,
que surgiu e seguiu seu perfil.
Eu gosto do amor nos poemas,
nas canções e no toque alheio.
Mas quando olho pra mim, sorrio triste:
parece que o amor é sempre um devaneio.
Ele chega nas páginas que leio,
nos filmes, nos outros, no ar...
Mas quando tento vivê-lo, de fato,
é como tentar o vento segurar.
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Autor:
Metamorfose (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 13 de maio de 2025 22:34
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: MAYK52
Comentários1
Excelente começo para uma relação de amor. Quem sabe se não vai dar certo?
Gostei bastante poema, estimada amiga.
Abraço.
Ah, meu amigo…
De fato, isso já acabou — ou melhor, nunca chegou a começar. Foi algo apenas cultivado por mim, em silêncio, no terreno fértil da imaginação. Não teve início, meio ou fim… tudo se deu nas idealizações, naquele espaço entre o real e o que eu desejei que fosse. Ainda assim, agradeço teu olhar generoso. Às vezes, até o que não floresce deixa perfume na memória.
Abraço afetuoso.
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