NO
Pássaro livre voa.
Canta e nos encanta.
Com sua beleza natural.
Preso, canta seu lamento.
Se abrir a gaiola ele voa.
Homem livre sonha.
A cerca de tudo e canta.
Preso ele pensa.
Há cerca em tudo e chora.
Sua prisão não é física.
Nem pensa em fugir.
Derrubados muros e cercas.
Ele finge não ver.
Seu algoz é o seu medo.
Cercas há na ilusão..
Correntes de ouro..
Escravidão moderna.
Alguns homens resistem.
Se aproximam do sol.
Fogem da submissão.
Regressam e lutam.
Querem libertar companheiros.
Que alienados, os agridem.
As sombras venceram.
Homem livre em extinção.
Acorrentado por ele mesmo.
Teme sua plenitude.
A luz o encandeia.
Sombras acalmam.
O espírito fugiu do corpo.
Prostrados nas ilusões.
Vêem o ocaso de sua vontade.
Lentamente esvanecer.
Como a luz de um farol.
Em noite de tempestade.
A vaga profunda.
Aprofunda a sua dor.
Cantam seu lamento em dó.
Prisioneiro de si mesmo.
Náufrago do seu medo
Refém da ilusão.
E choram só.
Só choram.
Sem a luz.
Do sol.
Só.
E.
- Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 12 de agosto de 2020 16:44
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários1
Fiquei emotiva ao ler seu poema.
Parabéns poeta!
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