Na orla calma da manhã que desperta,
quando a luz toca os dedos do dia,
escrevemos juntos, em tinta de tempo,
os contornos suaves do encontro —
palavra a palavra, silêncio a silêncio,
como quem tece um manto de esperanças tênues.
Cuidar é lançar sementes invisíveis
no solo fértil do cotidiano,
acolher a dúvida, o tropeço, a pausa,
como quem lê, no olhar do outro,
um mapa antigo e cheio de segredos.
Construímos nossos capítulos
com gestos simples e profundos:
um olhar que demora,
uma escuta que não pressiona,
um sorriso guardado para a noite.
Compromisso é margem aberta,
onde a liberdade dança leve,
sabendo-se vista e reconhecida,
e o amor, a coragem de reescrever
as promessas sussurradas,
até que a voz se torne firme e clara.
Somos, juntos,
um livro em constante revisão,
e a cada página virada,
renascemos fragilmente inteiros —
na beleza de um silêncio que fala,
na poesia do inacabado.
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Autor:
Sezar Kosta (
Offline)
- Publicado: 11 de maio de 2025 08:05
- Comentário do autor sobre o poema: E aí, pessoal! Se acheguem mais perto, que vou lhes contar um segredinho que nasceu como orvalho na folha e virou essas palavras aqui. Imaginem só: um dia desses, o sol pintava o céu com uns tons de laranja e rosa que pareciam pinceladas de um mestre distraído. Eu estava ali, meio à toa, sentindo a brisa como um afago invisível, quando vi um casal de mãos dadas, caminhando beira-mar. Não era nada de espetacular, juro! Mas a forma como eles se olhavam, um silêncio que parecia música, me fez pensar que cada encontro é como uma página em branco esperando a nossa tinta. E que o cuidado, ah, o cuidado é aquela semente miúda que a gente planta sem ver, mas que um dia floresce em gestos que aquecem a alma. Foi como se eu visse eles escrevendo a história deles ali, naquele instante, sem pressa, deixando o tempo ser a caneta. E a gente faz isso também, né? Cada olhar, cada escuta atenta, cada sorriso guardado é um verso que a gente rabisca na página do dia. E mesmo as dúvidas, os tropeços, são só um parágrafo a mais, cheio de um mistério gostoso de desvendar. E o compromisso? Pra mim, ele é como a margem do mar: um limite aberto, onde a liberdade pode dançar à vontade, sabendo que tem um horizonte familiar pra voltar. E o amor, ah, esse é a coragem de pegar a caneta de novo e reescrever as promessas, até que elas fiquem tão firmes quanto as ondas quebrando na areia. No fim das contas, a gente é isso, um livro que nunca termina de ser escrito, com páginas que a gente vira e descobre que renasceu um pouquinho diferente, mas inteiro. E o que fica de mais bonito? Às vezes, é o silêncio que fala mais alto, a poesia que a gente encontra justamente no que ainda não está pronto. E vocês, o que acharam dessas minhas divagações? Deixem um comentário aí embaixo, quero saber se essa brisa que me inspirou tocou vocês também!
- Categoria: Não classificado
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