A engenharia senta confiante
Nas poltronas alcoxoadas dos escritórios
Impassível, observa a tela do prego eletrônico
Está certa que irá vencer a disputa
São contratos de aluguel
Que enriquecem uma pequena parte
A população que sustenta toda a máquina
Quase todos
Desconhecem os caminhos obscuros do negócio
O menor preço sempre usa maquiagem
Que depois mostra a verdadeira cara
O aluguel está nas plaquinhas de metal
Afixadas no hardware,
Nas máquinas que transitam pelas ruas
Onde se pode ler: alocado
E nas mangas das blusas dos trabalhadores
Dos serviços públicos
Está escrito engenharia fulana de tal
O dinheiro dos cupons dos cereais
Que alimenta até o mendigo
Da roupa barata
Que as mais das vezes veste o pobre,
Do cimento, do ferro, da pedra, da areia
Que constroem as casas à flor da pele
Que nem os donos que moram nelas,
Sustenta a engrenagem, o negócio
Os lucros sem o esforço do trabalho.
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Autor:
Ivam Melo (
Offline)
- Publicado: 11 de maio de 2025 07:24
- Comentário do autor sobre o poema: Os textos que idealizo, escrevo e publico neste sítio tem a finalidade precípua em levar as pessoas a análise, à reflexão e à interpretação dos assuntos neles escritos. Quase sempre as palavras têm significado não literal. As expressões que não forem lidas por leitor atento não serão compreendidas como devem ser. Pensando assim, os textos devem ser lidos com tranquilidade e atenção.
- Categoria: SociopolÃtico
- Visualizações: 6
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