LAMENTO DE UM POETA

No more! Oh, never more!
—P. B. Shelley

Oh! Minha Izabel tão amada...
Nossos amores foram pecados,
Eu não minto... Oh! Não! Jamais!
Temos corações maculados!

Aquelas nossas noites coloridas
Foram tão graves crimes!
Foram um erro as nossas vigílias,
Mesmo que tenham sido tão sublimes!

Foram aventuras os errante os atos
Que tivemos após de um olhar!
Nos rendemos ao vil desejo
De cometer um crime... de pecar!

Eu sei! Minha querida, eu sei...
O teu coração eu bem conheço!
Tenho maior culpa por nosso erro,
Meus crimes eu reconheço!...

Infelizmente, tua grinalda e aliança
Te impedem de pertencer a mim,
Eu não posso tomar o lugar do outro,
Nosso romance deve chegar ao fim!

Oh! Tentarei a custo não dizer um dia
"Ah, a saudade tanto me consome!"
Tentarei aos braços de outra amada
Ao menos esquecer o teu nome!

Vá viver ao lado de teu esposo!
Nossa união não tem sentido...
Vou para onde me levar a vida,
Buscar em outros braços um abrigo!