Má Distribuição

Ivam Melo

Da cidade de ruas e estradas com asfalto 
Lá dos prédios da administração particular 
Alguém observa as nuvens no céu 
E se alegra por estarem repletas
Vamos por um momento 
Olhar também para o céu onde o sol está fixo
Esquecendo o homem do prédio particular 
Que um dia foi público 
Para notar as nuvens que seguem 
Em varias direções 
Fazendo o caminho de volta
Com olhar decrescente 
As nuvens ficam com exatidão 
Entre a distância que nunca tem fim
E a terra onde somos finitos
Condensam as águas dos rios, lagos, fontes 
Depois deságuam em todos os meios 
Agora, como dizer ao homem do prédio 
Que a água pertence a todos 
Independente do meio, do estrato
A água não é fabricada.

  • Autor: Ivam Melo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de maio de 2025 07:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Há mais de 50 anos, há mais de meio século, que moro no mesmo lugar e ainda não tenho água tratada. Para ter acesso a esse bem natural que não precisa passar por processos industriais, bebo água de poço, cozinho com água de poço.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 8


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