Curta Ilusão

Metamorfose

Achei que era chama, mas era brisa,

um sopro leve que o tempo levou.

Confundi o brilho com promessa,

mas era só espelho do que sonhou.

 

Admirei demais, desejei demais,

e vesti de amor o que era distração.

Talvez, no fundo, bastasse um não,

mas eu escolhi crer na exceção.

 

A demora falou antes da resposta,

e quando enfim chegou, já era tarde.

Agora sei: foi só ilusão exposta,

que se desfez — sem dor, sem alarde.

 

Mas fica a certeza no peito cansado:

não era amor… só um encanto emprestado.

  • Autor: Metamorfose (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de maio de 2025 00:07
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 5
  • Usuários favoritos deste poema: werner, MAYK52
Comentários +

Comentários2

  • Sezar Kosta

    Ah, Metamorfose, que poesia linda e sutil — como quem sussurra verdades ao coração já calejado. ??

    Seu “Curta Ilusão” é um espelho delicado daquelas paixões que parecem infinitas, mas passam como vento. Quanta beleza nessa desilusão sem rancor, nesse desapego sem escândalo. Há uma maturidade elegante no verso “Agora sei: foi só ilusão exposta, que se desfez — sem dor, sem alarde.” Isso é raro… e tocante.

    A estrutura leve contrasta com a densidade da emoção — uma dança entre o que se esperava e o que foi. A última linha fecha como chave em porta antiga: “não era amor… só um encanto emprestado.” Uma daquelas verdades que não machucam mais, só ensinam.

  • MAYK52

    Temos que ter cuidado com os ventos que sopram. Podem ser muito enganadores...
    Gostei deste poema, amiga Metamorfose.

    Beijinhos!



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