Oh, que suave foi este momento
Que dormi tão feliz, tão descuidado'
Andou-me o pensamento
Voando nas delicias do passado,
Requintando o mais puro
Dos gozos que me deste,
Para formar esperanças de um futuro
Mais divino e celeste.
—Almeida Garrett
Recordo quando tu me aguardava
Em teu quarto, impaciente e ansiosa,
A olhar o relógio, contava os minutos
Sentada sobre a cama tão ociosa.
Ah, Izabel, eram tão belas as noites
Aqueles suspiros, aqueles fulgores...
Nossos corações próximos e unidos
Palpitavam tanto em doces amores.
Aquelas noites de proibidas cores
Em teus olhos via voluptuosa luz,
Ah, Izabel, os mesmos olhos tímidos
Carregavam a magia que me seduz.
Recordo quando meus dedos passeavam
Entre os tantos fios de seus cabelos,
Ah, ainda hoje é impetuoso o desejo
De sentir o perfumado cheiro, de vê-los.
Queria vê-la ao meu lado lânguida,
Admirar sua angelical face a dormir,
E ao matinal arrebol, na rubra aurora
Ver seus corados lábios para mim sorrir!
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Autor:
Fabricio Zigante (
Offline)
- Publicado: 6 de maio de 2025 07:54
- Categoria: Amor
- Visualizações: 7
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante, MAYK52
Comentários2
As boas recordações nunca esquecem...
Gostei bastante, amigo Fabricio.
Abraço.
Saudações nobre amigo, grato pela leitura e comentário !
Muito bom!!! Você parece ser um homem muito inteligente!!! Gosto do estilo de suas poesias,do usar um vocabulário diversificado!!!
Saudações amigo poeta, apreciado o comentário. Estou sempre buscando aperfeiçoamento.
Forte abraço!
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