Não sinto nada.
Nem um mísero sopro,
um arrepio,
uma faísca,
Nada!
Orei a Deus, olhei pro céu —
Existe alguém no azul?
Tem alguém aí?
Alôôô?
(E o eco responde:
só o vazio me escuta...)
Caminhante solitária
num grão de poeira flutuante,
rodopio no escuro do cosmo
sem mapa, sem chão,
sem voz.
Silêncio pesa mais que pedra.
Vaga a alma
como sombra sem corpo.
E no fim
talvez
exista algo no nada.
Uma semente adormecida.
Um Deus cansado.
Ou só eu...
me escutando.
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Autor:
Viviane.93 (
Offline)
- Publicado: 4 de maio de 2025 19:12
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 77
- Usuários favoritos deste poema: Luiza Castro, Ludmilla Fernandes
Comentários4
Que bonito!
Nada mais gelado, do que não sentir calor no coração.
Gostei, cara Viviane.
Abraço.
Um tanto iconoclasta mas, um bom poema. Aplausos!
Sinto muito que esteja passando por esse momento, mas, não deixe de acreditar. Logo logo você será liberta pelo imenso amor de Deus. Amor que fará da sua dor o seu louvor. Ouça a música "Meu Libertador - Keroline" nas plataformas digitais.
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