Neste meu corpo ávido de desejo
onde o sangue ferve, em chama ardente
na boca, transporto, este meu beijo
que os teus lábios clamam docemente…
Como belo é o teu ser, qual obra de arte!
estonteante forma, bela e pura…
numa sede desmedida de ternura
nele quero passear, por toda a parte…
Como desejo, amor, tanto, tanto!
por entre as tuas ondas mergulhar…
navegar suavemente, no teu mar
E neste mar de paixão, em frenesim
ancorar o meu navio, e por fim…
em ti adormecer…sobre o teu manto.
Gil Moura
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 2 de maio de 2025 18:07
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Luiza Castro
Comentários1
Seu poema é uma celebração intensa e sensorial do desejo e do amor, com imagens que evocam tanto a paixão carnal quanto a ternura profunda. A metáfora do corpo como mar e do amor como navegação cria um ritmo envolvente, sugerindo entrega total e confiança no outro. Há uma fusão entre o físico e o emocional que transmite sinceridade e arrebatamento.
A linguagem é clássica e elegante, remetendo à poesia lírica tradicional, mas ainda carregada de uma sensualidade moderna e autêntica. A estrofe final — com o "navio" ancorando e o eu lírico adormecendo sobre o "manto" do ser amado — dá um desfecho suave e poético, como um repouso merecido após a tempestade da paixão.
Parabéns Gil...Cada dia me admiro.
Grato, amigo Melancolia, pelas gentis palavras que aqui deixaste.
Abraço forte.
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