Escutei que certa larva
Nunca quis ser borboleta,
Mas sonhava feito parva,
Mergulhava na mutreta:
“Sem as vãs e feias asas,
Voltarei a ser lagarta.
Que vitória mais perfeita!”
Exclamava, satisfeita.
Quando, então, divinamente,
Borboleta, enfim, virou,
Arrancou, profanamente,
A beleza que odiou.
Fantasia verde e preta,
Conseguiu o que queria?
Dormiu cedo, na sarjeta,
Afogada em poesia.
Moral da história:
Quem sonha acordado, acorda dormindo.
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Autor:
Nelson Dias Neto (
Offline)
- Publicado: 1 de maio de 2025 15:10
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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