Bordados em pele de papel

Isis P. Told

Como de costume,
o poeta se enreda.
Sou eu a amaldiçoada por cordas invisíveis
ou sou quem as tece?

Sempre o mesmo nó, o mesmo espinho.
Falta-me criatividade,
ou só escrevo o que dói?

Talvez devesse bordar cicatrizes inventadas,
quem sabe assim meus versos fossem mais vastos.
Mas às vezes me pergunto:
e se já o faço? 

Se finjo tanto
que acabo sentindo?

  • Autor: Told (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de abril de 2025 00:49
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 17
  • Usuários favoritos deste poema: Carrietta
Comentários +

Comentários2

  • Carrietta

    Ah

    Eu não tenho palavras. Destrui-me com essas palavras. Tão doidas, mas tão verdadeiras. Simplesmente um dos melhores poemas que já vi nesse site, o seu melhor, sem dúvidas. Simplesmente tocada.

    • Isis P. Told

      Sinto-me lisongeada! Muito obrigada.
      Mas creio que é inevitável para nós poetas, em algum momento, sempre passamos por isso.
      Muito obrigada novamente!

    • Maria dorta

      Cuidado com o vaticinou,,! Parabéns pelo poema. Supimpa!



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