Prefiro o falso brilho das tuas estrelas
a enfrentar um céu vazio.
A mentira me embala, macia,
enquanto a verdade me rouba o frio abrigo do sono.
Agarro mentiras de linho,
renuncio às verdades de lâmina.
A realidade nua é feia,
e, crua, amarga na boca.
Viver na mentira é dançar na beira do abismo:
um passo em falso, e o chão desaparece.
E quem me espera lá embaixo?
A verdade.
Fria, rígida, imutável.
Não ampara, não consola.
Apenas me espera, paciente,
como sempre fez.
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Autor:
Told (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 26 de abril de 2025 13:36
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 30
Comentários1
Extremamente doloroso, em cada linha me identifiquei um pouco mais. Excelente poema, você tem um talento enorme para tratar de temas tão sensíveis.
Fico muito tocada por saber que minhas palavras ressoaram com você. Obrigada pelo carinho e por compartilhar esse sentimento, é por conexões assim que vale a pena escrever.
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