A vida não para
Em tudo
Vejo movimento
Pessoas
Vozes
Sons
Penso que
Vivo em outra velocidade
É o meu fardo
Enxergar tudo diferente
Ser o ponto de observação
Certamente
É um fardo
Perceber
Pessoas
Vozes
Sons
Todo o tempo
Onde a minha voz
Eu não percebo
Meus sons não escuto
E meu ser
Não vejo
Pelo menos não aqui
Nem ali
Na verdade
Em nenhum lugar
A não ser em minha mente
Creio que esse seja o fardo de uma alma solitária
Fadada a perceber tudo ao seu entorno
E não a si própria.
Ter que se limitar
A ser a si mesmo
A rir sem medo
A falar sem medo
A ser feliz sem medo
Certamente
É um fardo.
Esta é a confissão
De uma alma
Uma alma que não tem ninguém
A não ser as estrelas.
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Autor:
Estrela de Nêutrons (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 25 de abril de 2025 20:41
- Comentário do autor sobre o poema: Se não encontras nenhuma alma para dedicar tuas palavras, então dedicas elas às estrelas, elas ouvirão.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
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