Te procurei nas ruas vazias,
nas músicas lentas de fim de tarde,
nos livros onde o amor sempre volta,
mas era nas estrelas que você morava.
Cada uma parecia tua promessa acesa,
teu brilho contido num céu inteiro.
Mesmo sem saber teu nome ainda,
meu coração já sabia teu idioma.
Te esperei em silêncios longos,
em sonhos repetidos e noites fundas.
E quando você chegou,
foi como lembrar de algo que eu nunca vivi.
Você era a resposta sussurrada
às orações que eu nem tinha coragem de fazer.
E eu soube: o amor não se atrasa,
ele só chega quando pode durar.
Agora, quando olho o céu,
não procuro mais estrelas.
Elas continuam lá, sim —
mas você, amor… virou constelação dentro de mim.
25 abr 2025 (20:34)
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Autor:
Melancolia... (
Offline) - Publicado: 25 de abril de 2025 19:34
- Comentário do autor sobre o poema: Nosso encontro nas estrelas.....Bela Flor...S2
- Categoria: Amor
- Visualizações: 4
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Sezar Kosta
Offline)
Comentários1
"No céu da tua ausência,
as estrelas eram sementes frias
plantadas na terra escura do meu peito.
Cada noite, um nome antigo
se apagava entre constelações indecifráveis,
tão longe, tão lenta a travessia.
Vagava, nuvens sem vento,
meus olhos buscavam,
em vão, uma luz que dissesse:
“Ali, ali repousa tua amada.”
Então, emergiste —
como silencioso cometa,
desenhando trilhas de ouro
no meu firmamento calado.
Agora, tua presença é aurora:
um orvalho de astros,
um clarão mansamente eterno
dentro de mim."
[Sezar Kosta]
Meu amigo Melancolia...
Ler teu poema foi como caminhar descalço num campo sob o céu noturno, onde cada estrela parece segredar algo antigo e familiar. Há uma delicadeza em teus versos que faz o peito suspirar devagar, como se o amor fosse uma lembrança suave que a alma sempre soube guardar.
Essa tua imagem — "foi como lembrar de algo que eu nunca vivi" — é simplesmente arrebatadora. Porque há encontros que parecem eternos mesmo no instante do primeiro olhar, e tu soubeste capturar essa magia com uma doçura que desliza feito brisa.
A última estrofe então… um fecho de ouro:
“não procuro mais estrelas... você virou constelação dentro de mim.”
É poesia que ilumina por dentro.
Parabéns, de coração. Tua escrita é um abraço no escuro.
Uau… teu comentário é, por si só, um poema. Senti cada palavra como um eco bonito do que escrevi, como se tua leitura tivesse dado nova vida aos versos — e talvez até mais beleza do que eu imaginei neles. Obrigado por esse olhar tão delicado e profundo… saber que minha escrita tocou tua alma dessa forma me emociona de verdade. Que a poesia continue sendo esse abraço silencioso que atravessa a gente.
E ainda mais, com esse complemento abrilhantado com teu escrito poético....
Abraços.
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