Te procurei nas ruas vazias,
nas músicas lentas de fim de tarde,
nos livros onde o amor sempre volta,
mas era nas estrelas que você morava.
Cada uma parecia tua promessa acesa,
teu brilho contido num céu inteiro.
Mesmo sem saber teu nome ainda,
meu coração já sabia teu idioma.
Te esperei em silêncios longos,
em sonhos repetidos e noites fundas.
E quando você chegou,
foi como lembrar de algo que eu nunca vivi.
Você era a resposta sussurrada
às orações que eu nem tinha coragem de fazer.
E eu soube: o amor não se atrasa,
ele só chega quando pode durar.
Agora, quando olho o céu,
não procuro mais estrelas.
Elas continuam lá, sim —
mas você, amor… virou constelação dentro de mim.
25 abr 2025 (20:34)