Desperdício e fome

Ivam De melo Regis

Vários hectares de terra que se alongam 
As máquinas vão e voltam 
Cultivam as sementes 
Sereno, o agricultor, então 
Vai esperar até que chegue o outono
A queda das folhas 
Momento da colheita 
Depois, as sacas ficam repletas,
Bonitas, cheias com o preto do feijão,
O amarelo do milho, o branco do arroz,
O trigo pardo
As carretas ficam abastecidas 
Em várias pilhas 
O agricultor observa tudo, concentrado 
O caminhoneiro logo 
Vai pegar a estrada
Antes toma o café da manhã 
Come na empresa 
Então, o transporte sai com alimento 
Até o varejo 
Abastece a banca, abastece a feira 
Pelos cantos ficam os desperdícios
Fica o resto que vai para a lixeira 
Enquanto a pobreza extrema circula.

 

 

  • Autor: Ivam De melo Regis (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de abril de 2025 06:16
  • Comentário do autor sobre o poema: O texto fala sobre a produção de alimentos, o desperdício e a fome que aflige milhares de pessoas no Brasil.
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 7


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.