Ivam De melo Regis

Desperdício e fome

Vários hectares de terra que se alongam 
As máquinas vão e voltam 
Cultivam as sementes 
Sereno, o agricultor, então 
Vai esperar até que chegue o outono
A queda das folhas 
Momento da colheita 
Depois, as sacas ficam repletas,
Bonitas, cheias com o preto do feijão,
O amarelo do milho, o branco do arroz,
O trigo pardo
As carretas ficam abastecidas 
Em várias pilhas 
O agricultor observa tudo, concentrado 
O caminhoneiro logo 
Vai pegar a estrada
Antes toma o café da manhã 
Come na empresa 
Então, o transporte sai com alimento 
Até o varejo 
Abastece a banca, abastece a feira 
Pelos cantos ficam os desperdícios
Fica o resto que vai para a lixeira 
Enquanto a pobreza extrema circula.