A vida é como uma velha estrada —
a gente percorre, e até sem gasolina vive — Uma estrada sem fim - percorrida - jornada infinita -—
neste caminho - Não há ninguém, ela não deixa —
pois nesta velha estrada, existe uma placa: “solitária amarga” — percorro, tento correr
para fora deste lugar — Mas nunca sei onde me encontrar —
sozinha, não sou mais destemida —
acho que fui no começo, mas me faltou gasolina —
e não há nenhum posto para eu me reabastecer —
Minha alma ecoa cansada
uma hora essa velha estrada vai acabar — Mas não tenho onde pertencer —
quando a morte enfim me convidar a entrar em sua casa, chamada vazio - um lugar tão frio —
entro de bom grado, segurando em sua mão - a morte toma minha alma —
caminho até a sala de estar, vaga; a cada passo esquecendo da velha estrada —
me sento, concedo minha vida, longe dessa agonia — me permito, não me sinto mal —
Me esvaio, minha alma tomando escuridão — chegando ao fim — por um momento vejo onde a velha estrada termina — Talvez não fosse tão ruim ter continuado mais um pouco.
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Autor:
Carrie (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 22 de abril de 2025 08:20
- Categoria: Triste
- Visualizações: 30
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., https://agbook.com.br/books/search?where=books&what=flavio+eduardo+palhari, MAYK52
Comentários2
Seu poema é um sopro cru e sincero de alma — dessas palavras que não se escrevem só com tinta, mas com cansaço, silêncio e saudade de si. A metáfora da estrada é poderosa: essa travessia solitária onde falta combustível, mas nunca falta a vontade de seguir, mesmo que arrastando o coração.
A dor da solidão, do não pertencimento, e essa entrega quase serena à escuridão... tudo isso pulsa em cada verso, mas o final me tocou profundamente.
Porque mesmo diante do fim, há aquele sussurro: "Talvez não fosse tão ruim ter continuado mais um pouco." E esse talvez... é tudo. É o fio tênue entre o fim e a possibilidade.
Seu poema é triste, sim, mas também é profundamente humano. Obrigado por compartilhar esse pedaço tão íntimo da estrada.
Obrigada de verdade!
Sempre que leio os teus poemas, Carrietta, vejo uma pessoa melancólica, triste, desiludida com a vida.
Não sei sinceramente, se são apenas desabafos poéticos, ou se, efetivamente, sentes tudo o que as tuas palavras refletem.
Se assim for, deixa-me dar-te um conselho. A vida é uma longa estrada, onde nos surgem mutos obstáculos, e muitos deles, difíceis de ultrapassar. Nos entanto, a vida é uma passagem. Nascemos vivemos e morremos. É factual. Todos nós sabemos disso. Por isso mesmo, não deixes que as más lembranças, ideias nublosas e cinzentas, ofusquem o sol brilhante que há em ti.
Beijinhos e tudo bom, amiga Carrie.
Essa é só a ponta do iceberg dos 70 poemas que escrevi. Porém, obrigada pelo conselho amigo!
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