A vida é como uma velha estrada —
a gente percorre, e até sem gasolina vive — Uma estrada sem fim - percorrida - jornada infinita -—
neste caminho - Não há ninguém, ela não deixa —
pois nesta velha estrada, existe uma placa: “solitária amarga” — percorro, tento correr
para fora deste lugar — Mas nunca sei onde me encontrar —
sozinha, não sou mais destemida —
acho que fui no começo, mas me faltou gasolina —
e não há nenhum posto para eu me reabastecer —
Minha alma ecoa cansada
uma hora essa velha estrada vai acabar — Mas não tenho onde pertencer —
quando a morte enfim me convidar a entrar em sua casa, chamada vazio - um lugar tão frio —
entro de bom grado, segurando em sua mão - a morte toma minha alma —
caminho até a sala de estar, vaga; a cada passo esquecendo da velha estrada —
me sento, concedo minha vida, longe dessa agonia — me permito, não me sinto mal —
Me esvaio, minha alma tomando escuridão — chegando ao fim — por um momento vejo onde a velha estrada termina — Talvez não fosse tão ruim ter continuado mais um pouco.