No para-brisa
Do carro empoeirado,
Velho e esquecido no tempo,
Parado em uma rua esquecida
pelo retrocesso,
Está escrito: Fulano ama fulana.
Alguém parecido com a ferrugem
Jamais esquece
De fazer o seu trabalho
Continua com as velhas ideias atrasadas
Corroendo quem deseja
Pensar novos caminhos
Mas fulano e fulana
Não devem crer
(a liberdade pertence
ao que raciocina)
Que para ser feliz
É indispensável ser pai,
Ser mãe, ter filhos
Muitas vezes por acaso
Sem finalidade
Sem ter condições
Nesta concepção,
Permeiam as dificuldades
Para uma vida farta
Para uma vida melhor
Na contracepção, no entanto, no contraceptivo,
Na contramão, está a matemática,
Os cálculos, os planos.
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Autor:
Ivam Melo (
Offline)
- Publicado: 21 de abril de 2025 18:16
- Comentário do autor sobre o poema: O poema foi escrito a partir da percepção de uma realidade muito comum nas camadas pobres e miseráveis do nosso do nosso país: a falta de planejamento familiar. Habitante que sou da Baixada Fluminense, homem que vivenciou essa situação e consciente, por isso, dos desdobramentos da falta de planejamento; resolvi escrever e editar esse texto. O objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre sua condição nesse lugar chamado Brasil, a partir dos pensamentos contidos no texto para que não sejam manipuladas por ideias "velhas e atrasadas" que têm uma única função, fazer com que as pessoas permaneçam na mesma situação: continuar vivendo na miséria, sem trabalho, sem escola, sem saúde, essas são as consequências de uma sociedade que não preza por ideias contraceptivas e de orientação sexual. É importante é indispensável que homens, mulheres desenvolvam pensamento crítico sobre essa questão crucial para o futuro, entre outras questões decorrentes da falta de consciência dessa.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
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