Rato de laboratório

Saturno



Existe um rato.
Num laboratório.

Ele está preso,
amarrado nas mãos
dos cientistas maléficos.

"Onde estou?"
"Por que fazem isso comigo?"
"Parem, por favor."

Cada dia,
para aquele rato,
é dor.
É tormento.
É inferno em repetição.

"Roo essas grades...
mas por que elas não se desfazem?"

Sofre.
Sofre.
Sofre.

"Que seja...
quero apenas a morte."

Mas a morte...
não te quer.

Corra, ratinho.
Corra.
Corra.
Corra.

O seu apogeu
te aguarda.
A ventura
te espreita.

  • Autor: Saturno (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de abril de 2025 18:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Seis da tarde. Está tomando seu café da tarde? Pois eu estou.
  • Categoria: Fábula
  • Visualizações: 3


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