Carpe Noctem

Pedro Viegas

Na bomboniere suspensa
Repousam cabeças siamesas.
Piscam cefeidas azuladamente
Através orvalhos fuliginosos.

Dançam Vênus estrondosas.
Estros desfeitos em muco apoteose.
Epicuro vive no jardim de Hyeronimus
Junto a golems e seus hormônios de barro.

Um manequim toca jazz num sax de ossos.
Os golems entrepredam-se na plateia.
Das caixas emana a luz piscante da cefeida
Através das Vênus de fuligem.


Carpe noctem.


Pedro Luiz Da Cas Viegas.  
Cachoeirinha, 01/03/2025.

  • Autor: Pedro Viegas (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de abril de 2025 21:11
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 7


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.