Havia em meu peito um peso constante,
Uma melancolia densa, sufocante
E os anjos sussurravam, doces e gentis,
Enquanto os demônios riam, astutos e sutis.
Eu andava por campos de névoa sombria,
Mas trajava na face uma ousada alegria
A cada risada, uma máscara surgia,
Um disfarce audaz, que a dor escondia.
Os anjos cantavam em tons de lamento,
Como se quisessem roubar o tormento
Mas os demônios, dançavam tão provocadores,
Guardando segredos dos antigos temores
Na noite profunda, onde as estrelas choram,
Meu coração clama, os ecos demoram … ah, os ecos!
E entre a luz intangível e a sombra devastadora,
A minha alma encontra um eterno impasse de paz
Pois, o que sou eu senão este contraste?
Entre risos que ferem e sonhos com haste?
Uma dança eterna entre luz e escuridão,
Presa à ousadia de uma trágica ilusão…
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Autor:
Iara (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 15 de abril de 2025 16:37
- Categoria: Triste
- Visualizações: 6
Comentários1
adorei o poema ... você escreve bem ... o titulo me fez voltar no tempo Álbum domingo dos titas musica Ridi Pagliaccio rsrs .. Eu adorei a parte "Enquanto os demônios riam, astutos e sutis. " , os meus vivem sorrindo ... Ótimo Poema Iara , lindo ...
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