Ajudais-me a, de vossos cavalos selados,
Ser um: cego e indefeso com rédias de lado.
Submisso à pena, leve ou forte, do chicote
A estalar abafado sob o som do trote.
Não permitais, jamais, que eu seja extraviado
Como fardo solto envolto em grave pecado
A se afastar de vós. Ao contrário, em mim, brote
Tamanho temor do qual terror não desbote.
Concedei-me sentir a luz da vossa palma
Inebriar meu ser, pois, em súplicas, agravo
Meu eterno desejo em viver vossa calma.
Dignai-vos, ó Pai, aceitar um mero escravo
Pela suma necessidade de minh'alma
Ávida em tirar, dos próprios olhos, o cravo.
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Autor:
Perzys se anogar (
Offline)
- Publicado: 15 de abril de 2025 01:02
- Categoria: Religioso
- Visualizações: 6
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