Silêncio

Lume

Depois de tanta inércia e solidão, a Terra me abraça

Me sufocando com seu inebriante perfume, calor e suor

A minha boca consumida pelo seu lascivo beijo verminal

Preenchendo meus vazios com suas raízes famintas

Minha mente inquieta pela ânsia da devoção relaxa

Com o fervor religioso dos vermes em roer minha carne

Meus sonhos e pecados secam como meus olhos

Como uma vela, a minha existência derrete em silêncio

E tudo que eu fui germina em algo que não vou ver nascer.

  • Autor: Lume (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 14 de abril de 2025 21:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Eu tenho 15 anos e aos meus 12-13 anos eu escrevia poemas para conseguir desabafar de uma forma bonita pra mim mesma. Depois de tanto tempo, voltei. Oque acham que eu posso melhorar nele?
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 16
  • Usuários favoritos deste poema: Paturso, Pedro Viegas
Comentários +

Comentários2

  • Ultracrepidário

    Eternos filhos do carbono e do amoníaco. Ótima escrita.

    • Lume

      Muito obrigado 😀

    • Pedro Viegas

      Você tem muito tempo para melhorar seus poemas que por sinal são muito bons. Curto esses climas góticos.



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