Lume

SilĂȘncio

Depois de tanta inércia e solidão, a Terra me abraça

Me sufocando com seu inebriante perfume, calor e suor

A minha boca consumida pelo seu lascivo beijo verminal

Preenchendo meus vazios com suas raízes famintas

Minha mente inquieta pela ânsia da devoção relaxa

Com o fervor religioso dos vermes em roer minha carne

Meus sonhos e pecados secam como meus olhos

Como uma vela, a minha existência derrete em silêncio

E tudo que eu fui germina em algo que não vou ver nascer.