A névoa fria que escorre pelo horizonte
Condensa na taboa que cobre o brejo interminável.
Lá vaga Caronte,
Com teu corpo magro;
Com tua barca velha;
Com teu leme sujo,
Arrastando a água verde.
Coaxos...
Chirrios...
Estrídulos...
Parece exílio.
Prisão tediosa.
Eterno labor.
Mas aspira o ar gélido o barqueiro,
Que dança estático sobre a paina.
Poupando o peito;
Lavando o crânio.
Sorria ao Brejo.
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Autor:
Ultracrepidário (
Offline)
- Publicado: 14 de abril de 2025 20:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 21
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