Grãos de Areia

Alma Perdida

A chuva cerca a floresta.

A escuridão preenche esta.

Esse conforto voraz.

Daquilo que se desfaz.

 

Pego um punhado de areia,

E sinto tudo percorrer minha veia.

Eu observo os grãos quebrados,

E mantenho meus olhos fechados.

 

Pouco dura o que dura pra sempre.

Eu pisco e já está lá na frente.

Os grãos voam e não resistem.

Quando os ponteiros do relógio persistem.

 

Grãos caem, o mundo gira.

O relógio passa, o tempo vira.

Demarca do universo sua finitude.

Onde está a sua amplitude?

 

Eu pisco, ela me abraça.

Eu pisco, ele me beija.

Eu pisco, você sorri.

Eu pisco, você não está mais aqui.

  • Autor: Rip (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de abril de 2025 18:30
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrito em 12/04/2025
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 4
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