A FRESTA NA JANELA

matheusdantas

 

Numa delicadeza tênue é decomposta o reflexo que molda este prisma,
O qual me atormenta com os seus devaneios sitiado na sua crista.
Não conheço a procedência de quando ele eclode e me fenece,
Porém sei que estou contido em grilhões que me afasta de um escape breve.

Envolvo-me neste declive, ao qual despoja o sangue ferroso em minhas mãos.
Abandonando em descrédito,
A repartição contextual deste íntimo genioso;
Para incitar a divagação arbitrária deste momento que me rege.

Mas, cultivo a consciência de que este ímpeto advém das tormentas
Imergindo o estímulo existente a qual atrai a mortalha que feriu-me,
No qual surgiu o rompimento intolerante da perpetuidade.

Tornando-se uma alegoria oscilante da tristeza
Onde debruço no levante desse pélago
—Sendo esta a imensidão de águas que habita a minh'alma rude.

  • Autor: M.Dantas (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de agosto de 2020 19:42
  • Comentário do autor sobre o poema: Num encontro íntimo por uma pequena luminância, pude colocar em síntese a intensidade desta coexistência que tanto me assombra.
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 24
Comentários +

Comentários2

  • Edla Marinho

    Instigante!!

  • matheusdantas

    Agradeço pelo comentário objetivo! E do mesmo modo, obrigado pela sua leitura.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.