matheusdantas

A FRESTA NA JANELA

 

Numa delicadeza tênue é decomposta o reflexo que molda este prisma,
O qual me atormenta com os seus devaneios sitiado na sua crista.
Não conheço a procedência de quando ele eclode e me fenece,
Porém sei que estou contido em grilhões que me afasta de um escape breve.

Envolvo-me neste declive, ao qual despoja o sangue ferroso em minhas mãos.
Abandonando em descrédito,
A repartição contextual deste íntimo genioso;
Para incitar a divagação arbitrária deste momento que me rege.

Mas, cultivo a consciência de que este ímpeto advém das tormentas
Imergindo o estímulo existente a qual atrai a mortalha que feriu-me,
No qual surgiu o rompimento intolerante da perpetuidade.

Tornando-se uma alegoria oscilante da tristeza
Onde debruço no levante desse pélago
—Sendo esta a imensidão de águas que habita a minh\'alma rude.