Sem roteiro, só corpo.

Tainá Lopes



Ele e eu — o proibido que deu jogo,

um pouco de química, e pronto: fogo.

Não tem essa de cena perfeita,

qualquer canto serve, se a vontade aceita.

 

Olhar bateu, corpo chamou,

em dois segundos já detonou.

Porta do carro, beco, parede,

sexo acontece onde a gente cede.

 

Sem promessa, sem flor, sem história,

só suor, pegada e memória.

É carne pedindo, mente travada,

e a gente se perde na primeira risada.

 

O errado ficou bom, quem diria,

basta o tesão e a sintonia.

Não precisa luxo, nem lençol branco,

só o calor certo no momento franco.

 

Então é isso: sem script, sem tédio,

só desejo cru, sem remédio.

Ele e eu, na pressa, no clima,

fazendo do mundo uma cama clandestina.

 

 

  • Autor: Tainá Lopes (Offline Offline)
  • Publicado: 8 de abril de 2025 07:48
  • Comentário do autor sobre o poema: Esse poema é o resumo do caos que dá certo. Eu não quis romance, quis realidade — aquele tipo de conexão que não precisa de palavras bonitas, só de química e oportunidade. É sobre quando o corpo fala mais alto que o juízo, quando o proibido não só atrai, mas vicia. Não importa o lugar, se tem espaço, vira cena. É sujo, direto, sem filtro. E é isso que faz ser bom.
  • Categoria: Erótico
  • Visualizações: 17
  • Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Bela flor


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