Nos olhos que veem o mundo,
a simplicidade não é um segredo,
é um murmúrio antigo,
como o som do vento entre as folhas,
um pedaço de silêncio que nos abraça.
Mas contigo,
o silêncio fala.
Cada gesto tem raízes,
e o grão de areia
carrega o peso do oceano.
O tempo, tão apressado,
aprendeu a esperar.
Agora ele caminha descalço,
como quem sente cada pedra do caminho,
como quem sabe que não há nada
além de um olhar.
No esquecimento de um café,
no sorriso que brota
sem ser chamado,
nas mãos que se encontram
sem destino,
há uma verdade que o mundo não entende,
mas que é só nossa.
Nosso amor é um campo aberto,
tão vasto quanto o céu,
tão simples quanto o vento
que dança entre as árvores.
Não é perfeito,
mas é na imperfeição que mora a graça.
É naquilo que parece nada
que está tudo.
E quando o silêncio nos envolve,
quando o mundo se dissolve em nós,
descubro que, na eternidade das pequenas coisas,
vive o infinito.
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Autor:
Sezar Kosta (
Offline)
- Publicado: 4 de abril de 2025 21:50
- Comentário do autor sobre o poema: Às vezes, a inspiração vem como um sussurro suave, como o vento que passa sem pedir licença, mas deixando uma sensação gostosa. O poema nasceu em um desses momentos tranquilos, em que o mundo parece desacelerar e a gente encontra poesia nas coisas mais simples. É como se o silêncio, de repente, ganhasse voz e cada pequeno gesto se tornasse gigantesco. E foi assim que as palavras se juntaram, como se o próprio tempo tivesse dado uma pausa para contemplar tudo o que passa despercebido. Agora, convido você a me contar o que pensou ao ler essas palavras. Deixe seu comentário e vamos trocar uma ideia sobre as pequenas grandes coisas da vida.
- Categoria: Não classificado
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Comentários1
Lindo seu poema. Parabéns poeta. Boa tarde.
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