Minha sombra já não me assombra

Antonio Luiz

carrego comigo um vulto meio ralo

que não tem a fundura do desgosto

e nem mesmo o tamanho dum abalo

 

no sopro da noite logo ela se apaga

feito a lembrança que perdeu o viço

que já não me ri, pesa e nem indaga

 

já não me dobra mais o seu enredo

pois se me segue, vai de muito leve

tal o primeiro boquejo do arvoredo

 

e se amanheço, tingido de alvorada

já não posso ver o Sol que me traça

devolvendo a ela sua velha passada

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 04/04/25 --

  • Autor: Antonio Luiz (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de abril de 2025 14:45
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


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