Na relva fria, grilo persiste,
frágil corpo, mas som que insiste.
No vento, na noite, no vasto chão,
cantas sem medo, sem hesitação.
Silenciam-te os pés apressados,
soterram-te tempos cansados.
Mas volta a canção, fina e forte,
desafia o tempo, afronta a sorte.
Não te importas se ouvem ou não,
se é grande a queda, se é vão o chão.
Teu canto é verbo, teu som é fé,
viver é isso: seguir de pé.
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Autor:
Tainá Lopes (
Offline)
- Publicado: 23 de março de 2025 09:37
- Categoria: Fábula
- Visualizações: 27
Comentários2
Ela é ótima
Me aperfeiçoando a cada dia, para me conectar novamente. Agradeço ter se disposto a ler. ???
Um poema tecido com muito esmero e correção poética. Aplausos!
Agradeço muito sua atenção ????
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