Sou esta velha casa
em que alguém um dia morou
Sou o silêncio das janelas
sem rangidos, tão fechadas
Sou as marcas de vento e tempo
entalhadas em minha pele
Sou o pó sem a mobília,
nem mesmo alguém para soprar
Sou eu Calçada de folhas
e eu escura fechadura,
sem minha chave enferrujada!
Sou eu quem as telhas choram
quando chove, sem ninguém
Sou também suas rachaduras,
nunca o coração partido
Sou somente uma velha casa
abandonada, sem abrigo! ( ... )
-
Autor:
Lemos de Sousa (
Offline)
- Publicado: 10 de março de 2025 21:26
- Categoria: Gótico
- Visualizações: 14
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.