O meu EU
Aos poucos abaixo as calças, tiro a blusa
e entro nesse rio, nessa água doce que é o meu eu.
Aos poucos, volto a ser gente viva, de corpo e alma
não mais aquele ser vivo que sepultava a si mesmo.
Aos poucos, estou renascendo em mim, para mim
Não de qualquer forma, daquelas que à mim impuseram como justa.
Aos poucos, bebo da minha própria água, a que jorra rio a baixo
Não sobreviverei ao oceano, nele quase me afoguei.
Hoje, tenho a liberdade de tocar a mim mesma
olhar no espelho e sorri, me autossustentar na palavra "eu sobrevivi".
Hoje estou despindo-me dos outros, e vivendo para mim.
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Autor:
Valença Silral (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 7 de março de 2025 20:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
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