Exceção

Jéssica A.

Eu nunca tive sorte com isso

Uma poeta que nunca sentiu um romance

Já amei

Mas sabendo tudo que sei hoje

Não sei se já fui amada

Você vai me salvar de todas as formas que alguém pode ser salvo?

Quando eu estiver tão melancólica e em pedaços tão pequenos que vão parecer impossivel de juntar

Você vai continuar me remendando?

Quantas vezes você me pegou no colo?

Quantas vezes quis enxugar minhas lágrimas?

Quantas vezes quis tomar minha dor para si mesmo?

Quando eu estiver perdida e vitima do mundo, num buraco profundo

Onde ninguém se atreve a descer

Você desceria lá por mim?

Quantas vezes você quis colocar suas mãos em meu rosto e olhar fixamente nos meus olhos

E dizer "você é forte, mas uma hora esse fogo dentro de você se apagara. Você precisa lutar."

Quantas vezes você odiou o mundo por minha causa?

Ate que ponto eu te faria correr pra longe de mim?

E não se preocupe...

Você não seria o único.

  • Autor: Jéssica A. (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de março de 2025 01:12
  • Comentário do autor sobre o poema: Este poema eu dedico a pessoa mais incrível que conheci.
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 26
  • Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários +

Comentários1

  • Melancolia...

    Esse poema me toca profundamente, porque fala de uma dor que muitos sentem, mas poucos conseguem expressar tão bem.
    Você questiona o amor, a entrega e a lealdade de alguém, mas também questiona a si mesma e suas experiências com a ideia de ser amada.
    Me faz refletir sobre as relações, sobre a exigência que às vezes colocamos nas pessoas ao nosso redor, esperando que elas sejam a salvação para nossas dores.
    Eu, pessoalmente, vejo um pedido por compreensão, uma busca por algo que talvez nunca venha. E ao mesmo tempo, há uma sensação de que não importa o quanto o outro tente, sempre haverá algo faltando, algo que é impossível de preencher.
    Esse tipo de poesia traz à tona todas as incertezas que sentimos em nossas relações mais íntimas e a dificuldade de aceitar que, por mais que alguém nos ame, talvez a cura para nossas feridas precise vir de dentro de nós mesmos.

    Belo poema...



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