Parasita

Alma Perdida

No íntimo do ser, um hóspede oculto,

Agita-se em silêncio, criatura maldita.

Sua vaga presença, como um vulto.

Na minha carne, uma agonia infinita.

 

Sob a pele, um rastejar que não se vê,

Mas eu sinto, como fogo sob o gelo.

A mente grita por socorro, um porquê,

Na batalha interna, um visceral duelo.

 

O invasor, indesejado e voraz,

Consome a paz, deixa o caos, um vazio.

Na luta para expulsar o que desfaz,

Resiste o corpo, em seu papel sombrio.

 

A esperança vem tênue como a luz.

Na busca de um alívio para a alma.

Contra o intruso, vontade não se produz.

E na tormenta, busca-se a rara calma.

 

Ah! agonia de sentir-me invadido,

Por um mal que se aninha e faz morada.

É o desafio de estar sempre atento,

Para que a vida não seja sufocada.

 

  • Autor: Rip (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de março de 2025 01:37
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrito em 21/03/2024
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 2


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