O fardo da fadiga o moribundo está fadado
A carregar com escárnio e seu corpo putrefato
Cava a própria cova com decisões inconsequentes
Sentidos outrora aguçados agora dormentes
Malditas sejam as meretrizes meticulosas
Que orientam o destino por vias tortuosas
O tempo e a sorte são culpados pelos homens
Que, desdenhosos, indiferentemente os consomem
O apodrecimento impera e se apodera dos perdedores
Eles imperfeitos e do conhecimento amadores
Patéticos egocêntricos sem perspectiva
Uma sociedade da imbecilidade cativa
Jaz agora o cadáver na beira do caminho
Abandonado pela realidade, um vazio sozinho
Compadecível, mas o que sobrou não tem sentimentos
Uma bolha incomensurável de vazio e esquecimentos
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Autor:
Elestren Liadon (
Offline)
- Publicado: 26 de fevereiro de 2025 00:51
- Comentário do autor sobre o poema: Não tenho certeza se a palavra \\\"compadecível\\\" faz parte da língua portuguesa, mas tomei a liberdade poética de utilizá-la :D. Usei-a como adjetivo para caracterizar algo ou alguém que desperta compaixão ou piedade nos outros.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 11
Comentários1
Reflexão bem vinda.
🙂
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