O fardo da fadiga o moribundo está fadado
A carregar com escárnio e seu corpo putrefato
Cava a própria cova com decisões inconsequentes
Sentidos outrora aguçados agora dormentes
Malditas sejam as meretrizes meticulosas
Que orientam o destino por vias tortuosas
O tempo e a sorte são culpados pelos homens
Que, desdenhosos, indiferentemente os consomem
O apodrecimento impera e se apodera dos perdedores
Eles imperfeitos e do conhecimento amadores
Patéticos egocêntricos sem perspectiva
Uma sociedade da imbecilidade cativa
Jaz agora o cadáver na beira do caminho
Abandonado pela realidade, um vazio sozinho
Compadecível, mas o que sobrou não tem sentimentos
Uma bolha incomensurável de vazio e esquecimentos