Elestren Liadon

Pessimismo

O fardo da fadiga o moribundo está fadado

A carregar com escárnio e seu corpo putrefato

Cava a própria cova com decisões inconsequentes

Sentidos outrora aguçados agora dormentes

 

Malditas sejam as meretrizes meticulosas

Que orientam o destino por vias tortuosas 

O tempo e a sorte são culpados pelos homens

Que, desdenhosos, indiferentemente os consomem

 

O apodrecimento impera e se apodera dos perdedores

Eles imperfeitos e do conhecimento amadores

Patéticos egocêntricos sem perspectiva

Uma sociedade da imbecilidade cativa

 

Jaz agora o cadáver na beira do caminho

Abandonado pela realidade, um vazio sozinho

Compadecível, mas o que sobrou não tem sentimentos

Uma bolha incomensurável de vazio e esquecimentos