O homem regular deita no relógio seu olhar
Não vendo a hora de seu sofrimento findar
O calendário com seus quadrados entidade violenta
A humanidade de seu ritmo eterna detenta
Dias e semanas carregam os moribundos
E rastejam pela lama os minutos e segundos
Anos e séculos observam a hipocrisia humana
Enquanto o fim dos tempos aparece à cigana
Tic, tac, perda de tempo é escrever
Tic, Tac, afinal, ele é nosso para perder?
Progressão, evolução, enganação, maldição
O fardo unidirecional passa de mão em mão
Vejam que estúpido, aquele que diz tudo dominar
Ele passa seu tempo esperando o tempo passar
Mas tudo bem, à esperança nos dediquemos a fundo
Pois maravilhoso e maluco é o mundo
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Autor:
Elestren Liadon (
Offline)
- Publicado: 24 de fevereiro de 2025 22:51
- Comentário do autor sobre o poema: Comecei a escrever para passar o tempo em aeroportos e aviões. Depois, comecei a me expressar. Alguns deles também contam histórias. Pretendo postar gradualmente todos aqui.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
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