Elestren Liadon

O Grande Carrasco

O homem regular deita no relógio seu olhar

Não vendo a hora de seu sofrimento findar

O calendário com seus quadrados entidade violenta

A humanidade de seu ritmo eterna detenta

 

Dias e semanas carregam os moribundos

E rastejam pela lama os minutos e segundos

Anos e séculos observam a hipocrisia humana

Enquanto o fim dos tempos aparece à cigana

 

Tic, tac, perda de tempo é escrever

Tic, Tac, afinal, ele é nosso para perder?

Progressão, evolução, enganação, maldição

O fardo unidirecional passa de mão em mão

 

Vejam que estúpido, aquele que diz tudo dominar

Ele passa seu tempo esperando o tempo passar

Mas tudo bem, à esperança nos dediquemos a fundo

Pois maravilhoso e maluco é o mundo