Quando tudo parece acabar,
aí é que a coisa bagunça,
e começa a complicar.
É um tal de calar a boca,
num esquisito deixa pra lá:
- Faz de conta que é assim!
- Não traga isso pra cá!
Quando tudo parece ter fim,
aí é que a coisa desembesta,
e envereda, tintim por tintim.
É um aceita que dói menos,
numa fala sem pé nem cabeça:
- Se acalma, tudo, logo, passa!
- É melhor que não aborreça!
Quando tudo parece acalmar,
aí é que coisa perde o rumo,
e não dá mais pra segurar.
É um corre-corre danado,
c’uma dor que não se agüenta:
- Perder a estribeira é besteira!
- Esquece, já virou uma tormenta!
Quando a bagunça perde o freio,
aí é colocar a viola no saco,
e tentar resistir ao devaneio.
É uma invenção atrás da outra,
c’uma disparada de mentira:
- Sossega, agora vai ser assim!
- Pronto, já caiu na mira!
-
Autor:
Marcelo Veloso (
Offline)
- Publicado: 21 de fevereiro de 2025 11:00
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 3
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