Aviso de ausência de Metamorfose
NO
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Os pingos caíram, tímidos, dispersos,
até que se tornaram correnteza, bravio verso.
Fora, o vento uivava sem trégua, sem fim,
dentro, ele fazia morada em mim.
O mundo desaguava em fúria e trovão,
será que era o céu ou meu próprio coração?
Há de se ter coragem para encarar o torpor,
saber quando parar, respeitar o temor.
Mas eis que surge, em meio ao vendaval,
alguém que encoraja, que estende um sinal,
que espera comigo, que diz sem temer:
"A tempestade é forte, mas logo há de ceder."
E assim seguimos, molhadas, inteiras,
desbravando os restos da chuva primeira,
até que, ao destino, o vento nos leve,
e cada uma parta, sabendo-se leve.
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Autor:
Metamorfose (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 19 de fevereiro de 2025 22:02
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
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